Impacto da Covid nos Modelos de Trabalho

Quase metade das empresas portuguesas espera retomar os níveis de contratação pré-pandemia em menos de um ano

  • 43% dos empregadores portugueses acreditam na retoma dos níveis de contratação pré-Covid até finais de 2021.
  • Reduz-se o número de empresas que declaram não vir a recuperar nunca os níveis de contratação pré-Covid .
  • O modelo de trabalho presencial é identificado como a opção a priorizar por 40% das empresas nacionais .

Os empregadores mostram-se otimistas perante uma recuperação da atividade nos próximos meses. Os dados das questões extra do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, que inquiriu 514 empresas portuguesas para traçar as previsões de contratação para o 2º trimestre de 2021, traduzem uma maior confiança em relação à retoma dos níveis de contratação pré-pandemia: 43% dos empregadores conta recuperar totalmente antes do final de este ano, ultrapassando largamente o valor de 29%, declarado no trimestre anterior e invertendo a tendência negativa das últimas 2 vagas deste estudo. A posição das organizações perante as políticas de vacinação e os regimes de trabalho a serem adotados são também temas abordados nas questões extra do estudo.

Evolução positiva na projeção da retoma dos níveis de contratação pré-pandemia
Comparando com o último trimestre de 2020, verificou-se um aumento do número de empresas portuguesas que contam recuperar os níveis de contratação anteriores à Covid-19, em menos de um ano. No curto prazo, os empregadores nacionais estão mais otimistas que os da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), com 27% a acreditar poder regressar ao ritmo de contratação pré-Covid nos próximos 6 meses, contra 21% nesta região. No entanto, analisando o cenário a final do ano, a situação inverte-se, e um total de 43% dos empregadores estima recuperar as contratações em 2021, contra um valor de 51% na EMEA.  
Em todo o território nacional, há ainda 16% das empresas que não contam recuperar nunca os níveis pré-pandemia, valor que é superior ao da região EMEA, que regista 12%. Esta tendência mais negativa representa, porém, uma evolução positiva face aos 32% verificados no último trimestre. 

Adoção de planos de vacinação COVID-19 não é consensual
Neste momento, um total 40% dos empregadores nacionais não faz questão que os trabalhadores estejam vacinados. Visão diferente detêm 27% dos responsáveis dos empregadores, que consideram que a implementação de políticas de vacinação Covid-19 nas empresas deveria ser obrigatória. 
A incerteza na interpretação da Lei, deixa, por agora, 23% dos inquiridos indecisos quanto à sua posição, e 11% pretendem incentivar à vacinação, mediante iniciativas de comunicação e benefícios.

Os modelos 100% presenciais serão privilegiados 
Numa visão mais próxima do pré-pandemia, 40% dos empregadores portugueses afirmam que o modelo presencial será o escolhido, valor ainda assim inferior ao da região EMEA (53%). 
No entanto, durante os próximos seis a 12 meses, os modelos de trabalho híbridos também ganham protagonismo, e serão predominantes sobre os modelos 100% remotos, sendo esta a preferência de 34% dos empregadores portugueses. 
Com uma posição distinta, apenas 2% dos inquiridos implementará sistemas complemente remotos, na maioria do tempo.

O estudo do ManpowerGroup entrevistou 42.000 empregadores em 43 países e territórios. As entrevistas foram realizadas durante as circunstâncias excecionais do surto de Covid-19, pelo que os resultados poderão refletir o impacto da pandemia e consequente perturbação económica.
 

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