ManpowerGroup Employment Outlook Survey - 3º T 2023
Portugal é o país da Região EMEA que mais cresce nas perspetivas de contratação face ao último trimestre
Profissionais de cibersegurança no topo das prioridades das contratações tecnológicas em Portugal
Os esforços de transformação digital e a maior automatização de empresas e modelos de negócio continua a impactar as necessidades de talento, reforçando a cada vez maior urgência das empresas, nomeadamente as tecnológicas, em recrutar perfis específicos e especializados, que permitam a ágil resposta às mudanças e inovações do mercado. No topo destas necessidades de talento tecnológico está a procura por profissionais para a área de Cibersegurança, identificada por 39% dos empregadores nacionais. De seguida, surge a área do Suporte Técnico, opção de 38% das empresas, e a Gestão de Bases de Dados, escolhida por 32% dos inquiridos.
Do top 5 de áreas tecnológicas com previsões de contratação mais acentuadas faz ainda parte a área de Desenvolvimento de Aplicações, apontada por 27% dos empregadores, e, por fim, o ramo da Experiência ao Cliente e Utilizador, prioridade para 25% das empresas inquiridas.
Atualmente, 87% das organizações de TI portuguesas relatam dificuldades em recrutar, sendo por essa razão relevante o mapeamento das principais abordagens de resposta a este desafio. Este valor posiciona as dificuldades do setor tecnológico nacional acima do que é observado a nível global, onde as empresas tecnológicas assumem uma escassez de talento de 78%.
De acordo com Pedro Amorim, Managing Director da Experis, “os empregadores continuam com elevadas necessidades de contratação de perfis tecnológicos e a atual conjuntura, impulsionada pelos esforços de inovação e aceleração da transformação digital, está a colocar uma maior pressão sobre a oferta existente, que é escassa em recursos técnicos e especializados. Neste contexto, as empresas necessitam adotar novas abordagens e apostar claramente na construção de talento, mediante estratégias de reskill e upskill, por forma a poderem ampliar as bases de competências capazes de alavancar os seus planos de crescimento futuro.”
Empregadores de metade dos setores colocam os profissionais de Cibersegurança como a principal necessidade de contratação em TI
A segurança dos dados e sistemas é cada vez mais um elemento fundamental para a salvaguarda e desenvolvimento da atividade das empresas, em particular em setores como as Tecnologias da informação, a Saúde e Ciências da Vida, as Finanças e Imobiliário ou a Indústria Pesada e Materiais. Estes 4 setores têm como principal necessidade de recrutamento tecnológico os profissionais de Cibersegurança.
No setor da Energia e Utilities, as empresas desenvolvem maiores esforços na promoção das suas relações comerciais, sendo o talento para a área de Sistemas de Gestão da Relação com o Cliente identificado como principal prioridade por 38% dos empregadores. As áreas de Suporte Técnico são o principal foco das contratações para 42% das empresas do setor de Bens e Serviços de Consumo e 51% dos empregadores do setor de Transportes, Logística e Automoção. Por fim, as empresas da área de Serviços de Comunicação apontam o ramo da Gestão de Bases de Dados, como área prioritária de contratação, sendo referida por 37% dos inquiridos.
Formação e aposta no upskill dos profissionais são as principais estratégias para responder à escassez de talento em tecnologia e responder aos desafios tecnológicos atuais e futuros
No topo das estratégias das empresas que se assumem como soluções para a atual necessidade de competências tecnológicas, surge a formação e o upskill dos seus profissionais, bem como a aposta no recrutamento de novos colaboradores com as competências em falta, ambas opções escolhidas por 51% dos empregadores nacionais. Seguidamente, surge o maior investimento em automação e o esforço na requalificação de trabalhadores, para que possam ser transferidos para funções de TI, estratégias apontadas por 50% das empresas nacionais.
Por fim, 46% dos empregadores do setor afirma recorrer à contratação de profissionais freelancers e externos como a resposta que lhes permite para enfrentar os desafios e oportunidades tecnológicos e garantir a continuidade dos negócios.
O “Experis Tech Talent Outlook” entrevistou mais de 38.000 empregadores, dos quais quase 6000 de empresas tecnológicas, em 41 países e territórios.
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