Transição para a sustentabilidade impulsiona a criação de emprego

  • 70% dos empregadores a nível global estão a recrutar para empregos e competências verdes ou planeiam fazê-lo
  • 94% dos empregadores afirmam que não têm o talento necessário para cumprir os seus objetivos de ESG

Embora o ambiente de perturbação e incerteza dos anos mais recentes tenha trazido desafios adicionais à transição global para uma economia mais sustentável, o ritmo de adoção de metas de ação Ambiental, impacto Social e Governance (Environment, Social & Governance - ESG) está a acelerar e são os consumidores, em particular os da Geração Z, que estão a impulsionar esta mudança. A responsabilidade social corporativa tornou-se uma medida padrão, cada vez mais exigida, das melhores práticas organizacionais globais - práticas estas que requerem, na sua base de implementação, talento qualificado e voltado para a inovação.

 Tendência 1: Há uma nova Geração Verde a exigir mais sustentabilidade

Particularmente acentuada na Geração Z, a preferência por produtos mais sustentáveis tem-se tornado um fator decisivo no consumo e mostra-se cada vez mais relevante para consumidores de todas as gerações.

A sustentabilidade é, também, cada vez mais relevante nos processos de decisão de carreira, com 67% dos candidatos globais de todas as idades a afirmar estar mais dispostos a candidatar-se a empregos em organizações por si consideradas ambientalmente sustentáveis.

A liderança em sustentabilidade será um fator crítico na gestão de talento, no futuro, permitindo às organizações obterem uma vantagem significativa ao nível da atração e retenção de talento

 Tendência 2: A ação governamental está a acelerar a transição nos modelos de negócio

Por todo o mundo aumentam as medidas para combate às alterações climáticas, impulsionadas tanto por advertências científicas, como por governos e reguladores, que têm vindo a apoiar, com investimentos históricos, os incentivos à transição das empresas para modelos sustentáveis.

Estes incentivos são, assim, um poderoso incentivo à criação de emprego e 55% dos líderes empresariais inquiridos preveem que os investimentos na transformação verde das empresas e nas questões ambientais, sociais e de governação (ESG) ultrapassarão a tecnologia e outras megatendências como principais criadores de emprego nos próximos cinco anos.

 Tendência 3: A ESG no foco dos líderes empresariais

A ESG estar a evoluir rapidamente para um padrão global de atuação nos negócios, no entanto, e apesar deste foco crescente nas questões de sustentabilidade, muitas empresas estão a ainda definir o momento em que querem chegar ao Net Zero e mais ainda estão apenas nas fases iniciais da descoberta do seu caminho para a redução da pegada de carbono.

A cadência de adoção e execução dos planos de descarbonização necessita, por isso, de acelerar e as empresas precisam de talento para concretizar essas estratégias, o que representa um desafio adicional.

Efetivamente, e de acordo com o The Search for ESG Talent do ManpowerGroup, quase oito em cada dez organizações possuem já uma estratégia de ESG, ou estão em processo de a planear, mas 94% das empresas a nível global e 91% em Portugal carecem do talento necessário para implementar os seus objetivos. Perante este cenário, a aposta no Upskilling é cada vez mais necessária, com o Fórum Económico Mundial a estimar que 61% da força de trabalho global precisará de formação adicional até 2027.

 Tendência 4: A adoção da tecnologia verde está a acelerar

A procura global de soluções de sustentabilidade tem, a par da evolução tecnológica, gerado novas oportunidades para as empresas que se posicionam na economia verde. A curto e médio prazo é de esperar que este crescimento acelere, particularmente em setores como os da Energia, Construção e Automóvel, impulsionando um forte aumento na procura de talento.

A transição verde está, assim, a gerar mais emprego, com o Fórum Económico Mundial a prever que, até 2030, cerca de 30 milhões de empregos serão criados, a nível mundial, no setor das energias limpas, eficiência e tecnologias de baixas emissões. No entanto, os empregadores receiam que a incapacidade de atrair talento e a falta de competências nos mercados de trabalho locais sejam os maiores obstáculos à transformação das suas empresas.

Tendência 5: Há um novo “colarinho” no trabalho e é Verde

As alterações climáticas, com a subida do nível do mar e o aumento da frequência dos fenómenos meteorológicos extremos, têm gerado consenso entre consumidores, governos e líderes de empresas sobre a necessidade de rever os atuais modelos de desenvolvimento económico. No entanto, para poder concretizar a oportunidade da transição para modelos mais sustentáveis, o talento é um fator crítico de sucesso e a luta pelo talento verde tem vindo a intensificar-se. Dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey indicam que 70% dos empregadores, a nível mundial, afirmam que estão atualmente a recrutar de forma ativa para empregos ou competências verdes, ou planeiam fazê-lo.

A implementação das melhores práticas de ESG, pode ajudar as empresas a melhorar a sua Proposta de Valor de Empregador (EVP), reforçando a sua capacidade de atrair talento. No entanto, reforçar a atração de talento externo não será suficiente para responder às necessidades de competências verdes. Os empregadores deverão também apostar no desenvolvimento do talento interno, mediante iniciativas de upskilling e reskilling, que devem ser amplificadas para responder, em escala, à atual escassez de competências verdes

 

Os ciclos de renovação nas competências mais procuradas continuam a suceder-se a ritmo acelerado e as competências verdes são disso um claro exemplo, sendo atualmente tão escassas como críticas para as empresas concretizarem os seus objetivos de transição energética e maior sustentabilidade.

Descarregue o estudo e fique a conhecer todas as tendências  que os líderes organizacionais devem considerar ao ponderar o futuro do trabalho e a economia verde.

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