ManpowerGroup Employment Outlook Survey 3ºT 2021
Empregadores nacionais menos otimistas em relação à recuperação dos níveis de contratação pré-pandemia
Abrandamento acentuado nas Previsões de Contratação para o segundo trimestre do ano
Conclusões do ManpowerGroup Employment Outlook Survey: 2º trimestre de 2024
A incerteza do cenário macroeconómico e político nacional e global está a gerar uma maior cautela e uma diminuição das intenções de contratações para o segundo trimestre de 2024. A continuidade nas políticas monetárias restritivas, fruto de uma inflação resistente, apesar de em queda, a tensa situação geopolítica, com os conflitos em curso na Ucrânia e no Médio Oriente, o abrandamento nas exportações e o crescente impacto das alterações climáticas nas economias e cadeias de abastecimento significam que as empresa se enfrentam a um trimestre potencialmente volátil.
Ainda assim, 42% dos empregadores esperam manter o seu atual número de colaboradores e 33% anteveem mesmo aumentar as suas equipas no próximo trimestre, face a 22% que pretendem reduzir. Estes são dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey que revelam, assim, uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +11% para o segundo trimestre de 2024, um valor já ajustado sazonalmente e que traduz uma descida de 17 pontos percentuais face ao trimestre anterior e de 5 pontos percentuais face ao período homólogo de 2023.
Estes valores posicionam Portugal 11 pontos percentuais abaixo da média global e 4 pontos percentuais abaixo da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África). O país apresenta, assim, a segunda maior redução trimestral das intenções de contratação a nível global, a par da Roménia, e abaixo de Porto Rico, que cai 19 pontos percentuais. A nível da região EMEA, Portugal é o país com o maior abrandamento entre trimestres, juntamente, também, com a Roménia.
“Os dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, relativos ao segundo trimestre de 2024, revelam cautela por parte dos empregadores portugueses, face ao atual cenário de volatilidade política e abrandamento económico.”, afirma Rui Teixeira, Country Manager do ManpowerGroup Portugal. “ Ainda assim, os dados mostram que a procura de talento qualificado vai manter-se forte em muitos setores e domínios de competência em crescimento, num contexto onde a escassez de talento se mantém muito elevada. As empresas devem por isso navegar este cenário de incerteza e apostar de forma direcionada na atração de talento, mas também na qualificação e requalificação dos trabalhadores, para abordar o atual desencontro de competências e construir as bases de talento que permitirão o seu desenvolvimento futuro à medida que os modelos de negócio assimilam a evolução tecnológica e a transição verde.”
Serviços de Comunicação, Tecnologias de Informação e Bens e Serviços de Consumo são os setores com as previsões de contratação mais otimistas
Apesar da atual conjuntura, os empregadores de oito dos nove setores analisados em Portugal esperam aumentar as suas equipas no segundo trimestre do ano, com apenas o setor dos Transportes, Logística e Automóvel a revelar intenções de contratação negativas. Contudo, quando comparamos com o trimestre anterior, as previsões enfraquecem em oito setores, fortalecendo-se em apenas um. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o ritmo de contratação enfraquece em cinco de nove sectores, sendo mais forte em dois e mantendo-se estável noutros dois.
Projeção para a Criação Líquida de Emprego é mais forte na Região Sul e mais moderada na Região Centro
Os empregadores de todas as regiões avançam com previsões de contratação positivas para o segundo trimestre de 2024, ainda que se registe um abrandamento nas perspetivas de todas face aos primeiros três meses do ano. Não obstante, comparativamente com o período homólogo de 2023, três das regiões – Região Norte, Região Centro e Região Sul – evoluem positivamente.
Grandes Empresas entre 1000 e 5000 trabalhadores e de mais de 5000 trabalhadores registam as intenções de contratação mais otimistas
Em cinco das seis categorias de dimensão de empresa analisadas, os empregadores avançam com previsões de contratação positivas para o segundo trimestre de 2024, com apenas uma categoria a não avançar qualquer alteração nas intenções de contratação. Não obstante, todas as dimensões de organização assumem uma evolução negativa face ao primeiro trimestre de 2024.
Intenções de contratação a nível global revelam um abrandamento, e Portugal é o segundo país com a maior redução entre trimestres
Tal como em Portugal, a Projeção para a Criação Líquida de Emprego a nível global evolui negativamente, sofrendo um decréscimo de 4 pontos percentuais face ao registado no trimestre anterior, e de 2 pontos percentuais face ao trimestre homólogo de 2023. Não obstante, a Projeção mantém favorável, fixando-se nos +22%.
Na Região EMEA, onde se situa Portugal, a Projeção para a Criação Líquida de Emprego é de +15%, situando-se 6 pontos percentuais abaixo da registada no último trimestre. A região continua, assim, a apresentar as intenções mais baixas entre as quatro analisadas a nível global e que incluem a América do Norte (+31%), a América Central e do Sul (+19%) e Ásia Pacífico (+27%).
O estudo trimestral do ManpowerGroup entrevistou 40.077 empregadores, em 42 países e territórios. O próximo estudo será divulgado em junho de 2024 e comunicará as expectativas de contratação para o terceiro trimestre do ano.
[1] A Projeção para a Criação Líquida de Emprego resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la.
Empregadores nacionais menos otimistas em relação à recuperação dos níveis de contratação pré-pandemia
Portugal é o país da Região EMEA que mais cresce nas perspetivas de contratação face ao último trimestre
As empresas portuguesas revelam intenções de contratação otimistas para o segundo trimestre de 2018. Com 16% a prever um aumento, 2% a antecipar uma redução e 77% a considerar que não haverá...